Editorial | A sombra e a escuridão

O termo mostra bem. Como são os caminhos sem a claridade da lua e do Sol? Não são de dúvidas como tudo que implica a escuridão que a todos cegam? É exatamente isso que implica o momento em que passa o Brasil. Ele, como sempre foi em tempos de eleição, coloca a pior peçonha para se justificar como dono absoluto de todos os danos.

Como sempre foi em tempos de eleição, o que se vê são alucinações de todas as ordens. Elas tomam conta das redes sociais e, como um veneno, come o cérebro das pessoas e torna-os zumbis. Na verdade, a eleição, ao contrário de iluminar, gerou trevas.

As pessoas estão como que dopadas, não sabendo o que podem ou não fazer. Aceitam tudo pronto. Aquele vota, o outro, irracionalmente, vota também. Só porque o outro é um idiota, aquele também quer ser. Não sabem nada, não tem visão de nada, não observam nada.

Tropeçando ali e lá, sem entender porque estão com os pés feridos, as costas em chagas devido às chicotadas que, levadas sem parar, sentem dor, mas agradecem quem foi o carrasco. Apanhou, sangrou, vê-se destruído, e levanta as mãos para abraçar quem, enganando-os, cospem-lhes o rosto como a humilhação que não entendem.

Esta dor, este sangramento, os pés em carne viva, andando sobre pedras quentes e pontiagudas, é um deleite. Vendem, são vendidos, sem entender qual a mercadoria que estão comprando.

O terminal do inferno está com todos os assentos ocupados neste momento. O motorista, o pai de todos os males e desgraças das pessoas, ri, range os dentes e espera, com a língua de fora passando entre os lábios em chamas, a vinda de mais um idiota correndo para embarcar. Este é o tempo.

O tempo está acabando e o que se vê são as pessoas caminhando em direção ao enxofre, melando-se dele e esperando que o seu autor principal acenda e deixe sua carne ardendo em dor.

O fim do Brasil está chegando. Os tempos de paz doentia estão terminando. Agora, seja qualquer resultado que ocorrer, vai trazer a desgraça sobre a Nação. É preciso ser forte. Quem sobreviver vai ver o cheiro de carne assando ao lado sem poder fazer nada. O inferno, como se vê, te ganhou.